sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Games violentos não incitam a violência sozinhos

Jogos só podem acarretar comportamentos violentos se a pessoa já apresentar propensão à violência

A variedade de jogos existentes hoje no mercado é um fator que influencia crianças, adolescentes e até mesmo adultos, a passarem horas em frente a computadores e videogames. Porém, apesar de toda essa visibilidade, a questão que se discute é sobre a possibilidade de as pessoas, ao interagirem com jogos que façam analogia a violência, acabarem levando a ficção para suas relações sociais, tornando-se violentas.

Alguns especialistas alegam que por mais que a violência exista em vários âmbitos sociais (televisão, cinema, jornais e etc), esses meios fazem das pessoas meros espectadores da violência, enquanto nos jogos elas tornam-se participantes, mesmo que no mundo do faz-de-conta. Por outro lado, outros minimizam a influência dos jogos, alegando que se deve levar em conta vários fatores que possam gerar comportamentos violentos.

A psicóloga Fabiani Fuganti garante que por mais que os jogos referenciem qualquer tipo de violência, eles não têm o poder de resultar num comportamento violento em pessoas que não apresentem qualquer distúrbio emocional. “O jogo só pode influenciar pessoas que já apresentem comportamento agressivo, até porque, isso depende muito do histórico psicológico da pessoa”.

O estudante de Engenharia da Computação que desenvolve jogos, Davi Aquino, acredita que os jogos violentos são os mais atrativos porque permitem a liberação de desejos ocultos que são reprimidos na vida real. “Ao contrário da vida real, no ambiente virtual o jogador não terá uma punição por ter agido violentamente, e isso é altamente aliciante”, diz.

Ainda que os jogos isoladamente não sejam responsáveis por incitarem a violência, na criação dos jogos existe a preocupação em estabelecer limitações aos jogadores. Aquino conta que uma alternativa encontrada pelos designers foi o estabelecimento da graduação etária de cada jogo. Isto é, a delimitação da idade mínima que o jogador deve possuir antes de adquirir o jogo. “O grande problema é que com a pirataria e a facilidade em baixar o jogo pela internet, a graduação etária dificilmente é respeitada”.

É o caso de João Paulo Fidelis que, hoje com 22 anos, começou a jogar videogame quando ainda era menor de idade. Fidelis diz que sempre jogou games violentos que não eram destinados a sua faixa etária. “Apesar de na caixa dos jogos haver a graduação etária, eu nunca respeitei. Sempre consegui comprar os jogos pirateados mesmo não tendo 18 anos”, conta.


Pais limitam os filhos pelo medo do vício


Ainda que muitos pais não vejam problema em seus filhos jogarem games que façam menção à violência, as maiores preocupações se dão pelo vício que pode ser desenvolvido com o excessivo exercício da atividade.

Bruno da Cruz Breda, 13 anos, joga videogame desde os 8 e já teve como um dos seus jogos preferidos o GTA, um game que faz do jogador um criminoso que rouba carros. Breda diz que hoje não tem mais tanto interesse na atividade e sua mãe garante que isso é resultado dos limites que ela sempre impôs ao filho.

Tânia Cristina da Cruz Breda, mãe de Bruno, diz que desde quando o filho começou a se interessar por videogame ela o restringia de passar horas jogando. “O Bruno sempre teve a hora de jogar videogame e de desenvolver outras atividades”, diz.

Para ela, é importante que os pais imponham limites aos filhos para que eles não se tornem viciados nos jogos. “Acho que o contato excessivo com qualquer coisa nunca é saudável”, adverte.

Um comentário:

Anônimo disse...

dorei vio
dorei mto super
vc eh d+