terça-feira, 27 de outubro de 2009

OlimPIADAs no Brasil

Depois de algumas tentativas fracassadas, o Brasil conseguiu ganhar a disputa pela sede dos Jogos Olímpicos e se tornar a primeira cidade sul-americana a ser sede de uma Olimpíada. Análises (muito) otimistas acreditam que essa será a oportunidade de o país mostrar sua capacidade. Para mim, se propor a sediar um evento tão importante sem a mínima estrutura para isso, jogará na cara do mundo que nem tudo nessa vida se pode fazer com jeitinho brasileiro.

Antes de mais nada, vale dizer que não sou contra pela sede ser especificamente no Rio de Janeiro, me coloco contra os jogos serem sediados num país como o Brasil. Que, para mim, infelizmente, não possui a menor estrutura para abrir suas portas para esse tipo de evento.

Primeiro que o Brasil nunca se interessou muito em investir em esportes - com exceção do futebol. Dessa forma, ao contrário do que muitos brasileiros pensam, as olimpíadas não darão ao país a oportunidade de se tornar uma potência esportiva. Até porque, isso está muito aquém da construção de novos estádios. Trata-se do desenvolvimento de uma política esportiva que vem desde a escola até centros de excelência em treinamento. E mesmo não sendo necessário esperar a realização de uma olimpíada para que sejam formados atletas competitivos em diferentes modalidades esportivas, nunca foi tomada tal iniciativa no país.

Depois vem o fato de que o Brasil carece de quase tudo. Não há escolas, hospitais, moradia, transporte público, alimentação para os pobres, luz elétrica, saneamento básico e até esporte. As pessoas continuam morrendo de sede, de frio e de bala perdida. Como se não bastasse, ainda temos péssimos administradores públicos, corrupção, falta de segurança, violência, entre milhares outros problemas que são muitas vezes maquiados para os que enxergam de fora.

Os brasileiros precisam reconhecer que antes de se investir bilhões para trazer um mega-evento para o Brasil é necessário investir em educação, saúde, transportes e segurança. Fora as reformas tributária, política e da previdência.
Para sair da idade da pedra não precisamos de um trem-bala, tampouco das olimpíadas. Precisamos melhorar os índices de educação e as condições sub-humanas que boa parte dos brasileiros sobrevivem.

Para não dizer que não falei das flores, vou reconhecer que temos nossos méritos nessa conquista. Embora pareça, não tenho uma visão de que tudo isso é péssimo, mas também não pretendo correr pro abraço e ficar super feliz sem pesar os prós e contras dessa decisão. O Rio de Janeiro é uma cidade maravilhosa e, como não há mais nada a se fazer, espero que as Olimpíadas saiam da maneira planejada. Torço para o país não sair definitivamente do prumo depois dessa aventura irresponsável e megalomaníaca.

Apesar do discurso do Lula ter dado a impressão de que não faltam recursos e que o Brasil está nadando em dinheiro, o buraco é muito mais embaixo. Um bom planejamento é imprescindível para que as olimpíadas no Rio não se tornem uma piada. Enquanto isso, vou esperar para ver a patota olímpica fazer em sete anos o que já deveria ter sido feito há mais de 20.


Em tempo: O que me incomoda é ver tanta demagogia e tanta hipocrisia em um povo sofrido que vive passando a mão na cabeça do Brasil, fingindo não saber que olimpíada não se faz com jeitinho. Os brasileiros apanham de seus governantes com os impostos mais altos do mundo e, ainda assim, tapam o sol com a peneira para comemorar uma nova pseudo-conquista. Sou contra a crítica pela crítica, assim como sou contra essa falta de discernimento brasileiro em conseguir encarar o país tal como ele é, esse ufanismo meio “Brasil, ame-o, ou deixe-o”, tão hipócrita e atrasado.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Os buracos nas ruas e o futebol: a culpa é do Ronaldo.

Muito se tem falado sobre a qualidade das ruas de nossa cidade. Todo ano acontece sempre a mesma coisa, é só chegarem as chuvas e os buracos viras as bocas para cima. Eu, que ando pelas ruas, até acho que o cidadão araponguense está reclamando pouco. Mas uma pergunta me assombra em relação a tudo isso: será mesmo que a culpa é da chuva?

Buracos, ondulações e depressão em vias públicas são problemas que fazem parte do dia-a-dia de muitos moradores em Arapongas. Verificar o estado de determinados trechos de ruas em nossa cidade, tornar-se-ia cômico, se não fosse trágico. A quantidade de remendos – uns antigos, outros mais ainda – é tão grande que só perde mesmo para a quantidade de buracos.

A qualidade original de nossos asfaltos já era péssima e por esse motivo é que mal resiste às intempéries. Porém, vou mais além. Acredito piamente que a falta de qualidade dos nossos asfaltos se dá pela maneira preguiçosa que o governo insiste em tentar consertá-los. E isso, para mim, é rasgar dinheiro e emitir um atestado de incompetência para a administração.

Colocam duas pás de uma mistura preta, com cheiro de asfalto, cor de asfalto, mas que não é asfalto e passam um rolo compresso em cima. Pagam caro por isso, já que as ruas não resistem nem a uma chuvinha. E com isso, a síndrome de todos ano aparece, apresentando cinco sinais básicos: ruas esburacadas, pneus cortados, rodas amassadas, xingamento ao prefeito e artigos de mau gosto fazendo gozação na revista.

Apontar defeitos e falhas é muito fácil, qualquer um pode fazer. Aliás, esta é a especialidade de alguns. Porém, nem só de críticas vive quem vos escrever, logo, eu tenho uma solução. Parem, urgentemente, de tampar os buracos. Comecem a recapear as ruas. Recapear. Repito: recapear com boa qualidade!

Façam um serviço de gente grande. Um serviço de administração comprometida com o amanhã. Ah, mas vocês vão dizer, “recapear todas as ruas é uma ação muito cara!”. Vocês têm razão. Mas a vida me ensinou que o caro é o que não presta.
Você, meu estimado e preocupado leitor, pode estar pensando: o que essa menina entende de asfalto e de conservação de ruas para ficar dando pitacos num assunto tão complexo? É verdade, você está certo. Eu não sei mesmo como fazer, mas, sinceramente, sei como não fazer. Sou o ganso de trás grasnando para alertar os gansos da frente até que eles corrijam o rumo! Essa é a minha função aqui.

Em tempo: O futebol e o Ronaldo no título foram só atrativos para você ler a minha opinião.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Para sempre rei

Você pode até estar de saco cheio de tanto ler sobre a morte dele, mas é inegável que boa parte das pessoas se abalou ao ver o que todos os holofotes do mundo se focaram nos últimos tempos. A incredulidade tomou conta de todos aqueles que ligavam o rádio e ouviam as músicas – agora tocadas mais do que nunca – que precediam a informação de que Michael Jackson, o rei do pop, não está mais entre a gente.

Michael era o cara bizarro, excêntrico. Trilhou por caminhos gloriosos e turbulentos; atingiu o apogeu, mas também chegou perto do fundo do poço. Vimos sua carreira esmorecer diante de várias acusações de pedofilia e ficávamos perplexos ao ver sua aparência que, pouco a pouco, se tornava cada vez mais fantasmagórica. Mas também presenciamos um artista que dançava e cantava como poucos, que revolucionou a história do videoclipe no mundo e que fazia jus ao fardo de rei do pop que lhe fora atribuído.

Com a morte de Michael, um fato que me chamou a atenção foi que, à medida que o tempo passa, mais nos damos conta de que os grandes ícones estão nos deixando órfãos com uma rapidez cruel.
Das formações originais das melhores bandas de rock de todos os tempos, permanecem poucos dos ídolos que fizeram a alegria de gerações.

Os Beatles eram quatro, hoje só restam dois. O Queen não tem mais entre os integrantes o Freddie Mercury. Nem o The Doors conta com Jim Morrison. No cenário da Música Popular Brasileira, não temos mais a presença de Nara Leão, Elis Regina, Vinícius, Cartola, Tom Jobim. Grandes ícones que se foram e deixaram uma lacuna enorme no cenário da música mundial. E o que nos deixa com uma interrogação bem no meio da frase agora, com a ausência de Michael, é pensar em quem irá substituí-lo.

Ter perdido Michael Jackson, assim como todos os outros anteriormente citados, é irreparável. Dificilmente alguém conseguirá substituir um dos ídolos mais interessantes no mundo das artes em geral. Afinal, dos mais fãs aos mais indiferentes, não há como negar que ele nos roubou ao menos alguns minutos de atenção – seja por seus escândalos ou talentos.

Você pode até não gostar do som dele, mas não pode negar que Michael não só não passou despercebido como virou referência em música, espetáculo e criação. Falem mal de suas manias, esquisitices, bizarrices e escândalos, questionem suas plásticas e o suposto vitiligo. Mas não esqueçam em momento algum que ninguém fez nada parecido como ele no século XX. Não se esqueçam que dar adeus a Michael é criar uma lacuna que jamais será preenchida no cenário musical. E que como vimos o rei do pop em tempo real, poderemos dizer orgulhosos, num futuro não muito distante, que pertencemos a uma geração que viu o artista brilhar.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Dêem a Tarso o que é de Tarso



Em tempos onde o vírus H1N1 deixa o mundo em estado de alerta e as potências globais debatem como punir a Coréia do Norte por suas ameaças nucleares, vou fugir de tudo isso e me dar o direito de escrever sobre Tarso de Castro, um dos mais brilhantes jornalistas brasileiros.


Escrevo sobre ele porque acho que um grande gênio como Tarso não deve se restringir ao conhecimento de estudantes de comunicação e jornalistas. O país precisa ser apresentado ao cara que, com muito talento e uma certa sina por polêmicas, se tornou um mito soterrado pela mídia brasileira.


Não o conheço há muito tempo, afinal, quando eu ousava completar o meu primeiro ano de vida, uma cirrose hepática forçaria Tarso a dar adeus a ela. Na verdade, fui apresentada a ele no último mês, quando uma disciplina da faculdade me forçou a ler um livro que contava minuciosamente a vida desse grande jornalista.

O título do livro escrito por Tom Cardoso soava sugestivo. Tarso de Castro: 75 kg de músculos e fúria. Porém, a imposição não dava espaço para grandes expectativas. Hoje, após
terminar de ler o livro em tempo recorde, tenho que admitir que nada que eu já tenha lido até o determinado momento se compara a incrível história de Tarso.

Pouco se ouve falar sobre ele. Tarso foi quem deu o primeiro sopro criativo na imprensa brasileira, na virada dos anos 60. Jornalista romântico, boêmio e mulherengo, dizia sempre que preferia “viver pela metade por uma garrafa de uísque, do que passar a vida inteira bebendo pela metade.” Foi o que aconteceu, acabou vivendo pela metade por deixar várias garrafas vazias. Em 20 de maio de 1991, Tarso morreu aos 49 anos e deixou uma lacuna no jornalismo brasileiro.

Uma das maiores façanhas feitas por ele na imprensa, foi ter fundado O Pasquim, aquele jornaleco que surgiu em plena ditadura e satirizava o governo em uma época de grande repressão política. E onde foi profissionalmente traído pelo ego de alguns jornalistas que ele mesmo ajudou a “criar”. Millôr Fernandes, o famoso escritor da Revista VEJA, foi um deles.

Tarso era passional em tudo o que fazia. Vivia ou morria por uma causa ou várias saias. Extremista, era capaz de escrever um texto minutos antes da impressão do jornal, sumir em dia de fechamento ou virar a noite na redação. Talvez esse tenha sido o principal motivo pelo qual ele tenha fracassado em diversas tentativas de criar um jornal que se sustentasse por longo tempo. Porém, apesar de, cá entre nós, não ter lá muita disciplina, seu estilo e irreverência eram um marco onde quer que ele estivesse.

Pouca gente conhece Tarso porque ele contraria tudo o que se faz hoje em jornalismo. Em uma mídia cada vez mais padronizada e imparcial, poucos são os que ousam ir contra ela, como ele ia. Tarso nasceu jornalista. Escrevia com a alma, detestava padrões e incomodava como ninguém. Semeou jornais até morrer junto com o Brasil e ser enterrado por ele.

Muita gente se apropriou indevidamente do talento de Tarso, após sua morte, e ajudaram a enterrá-lo na memória do país. Nei Duclós, um grande jornalista, tem uma justificativa para isso. “Tarso era generoso num mundo mesquinho. Pagou alto o preço de ter distribuído seu talento e compartilhado suas vitórias. Acabaram roubando as conquistas dele, sequestraram-lhe o crédito”. Faço minhas as palavras de Duclós. Vaias estrondosas a Millôr Fernandes, Paulo Francis, Jaguar e Ziraldo. Que, apesar de muito provavelmente vocês já terem ouvido falar, sei que não seriam grande coisa se não fosse o “desconhecido” Tarso de Castro.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

ANO NOVO, GRAMÁTICA NOVA!

O acordo ortográfico entre toda a comunidade lusófona (países cujo idioma oficial é o português) entrou em vigor no Brasil, em 1º de janeiro, introduzindo três letras a mais no alfabeto, além de levar embora o trema e alguns acentos. A meta obsessiva dos reformistas é diminuir ao máximo as diferenças entre Portugal e Brasil, cobrando de cada país sua taxa de sacrifício.

Antes de prosseguir, acho melhor mostrar aos meus leitores as modificações anunciadas. As mudanças mais significativas alteram a acentuação de algumas palavras, extingue o uso do trema e sistematiza a utilização do hífen.

A primeira conseqüência que me vem à mente nesta primeira sentença: teremos que agüentar uma legião de us sem tremas! Exatamente. Os dois pontinhos desaparecem de cima das palavras, permanecendo apenas em nomes próprios, como Bündchen, por exemplo.

Nosso alfabeto passa a incluir também as letras k, w e y, que continuarão obedecendo às mesmas regras antigas: só nos símbolos científicos internacionais e nos vocábulos derivados de nomes próprios (shakespeariano, por exemplo). A novidade é que agora elas fazem parte do alfabeto oficial e todo mundo precisa saber a ordem alfabética que elas ocupam.

A reforma não hesita em mexer aqui, aparar ali, lixar acolá, numa série de "retoques" que parecem feitos por quem não é do ramo. Isso fica claro nas mudanças feitas na acentuação, insignificantes para trazer uma verdadeira melhora na ortografia, mas amplas o suficiente para perturbar a vida de todos nós — brasileiros, angolanos, portugueses, moçambicanos e os demais irmãos lusófonos.

Num país onde “acento” ainda é sinônimo de cadeira, a reforma ortográfica torna-se tão desnecessária, quanto contribuinte para agravar ainda mais a situação. Antes de reformar é preciso construir, e isso, cá entre nós, é algo que ainda não foi feito no Brasil e na maioria dos países que falam Camões. A deficiência na educação brasileira é tão grande que muitos mal sabem escrever o que já era estabelecido, que dirá diferenciar ou aprender as novas normas existentes.

Com a nova lei entrando em vigor, existe a necessidade imediata de $ub$tituir os livro$ das bibliotecas escolares de todo o país. Isso mesmo! Voltaremos à era das sombras e queimaremos todos os livros já existentes para que outros surjam de acordo com a nova forma padrão.
O único receio de quem vos escreve, caros leitores, é que esse processo demore tanto para atender as mudanças da língua portuguesa que, até lá, já tenham mudado tudo de novo!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Fim de ano é sempre a mesma coisa!

Toda comemoração de fim de ano começa sutilmente um mês antes da data, subindo o nível de ansiedade das pessoas, à medida que as festas natalinas se aproximam. É um corre-corre danado. Mais parece o presságio do fim do mundo. Atenção, caros leitores, não é; é só o fim do ano que, por sua vez, é sempre a mesma coisa!

Começo falando sobre a decoração de fim de ano. Reparem as milhares de luzes que invadem todas as cidades. Por todo lugar onde você olhe, lá estarão elas: piscando - até te convencerem de que o Natal realmente chegou. Sem contar que, de repente, parece que tudo à nossa volta fica verde e vermelho - os comerciais na TV, as vitrines, os “outdoors”. Até mesmo o saldo bancário resolve entrar na festa: sai do verde e entra no vermelho!

Luzes brilhantes, árvores enfeitadas, promoções de fim de ano por todos os lados. Em cada esquina um velhinho aposentado, usando uma roupa vermelha com uma barriga postiça e distribuindo balinhas. Ah, o Natal. Todo mundo fingi que se sente mais feliz e solidário, sorri por tudo e o espírito do bondoso velhinho de barba branca reina.

A imitação de pinheiro montada onde quer que você vá, te faz lembrar que está chegando a festa de confraternização da empresa que você trabalha. Mas essa festa – pasmem! - também é sempre a mesma coisa. Muito provavelmente aquela secretária chata irá te tirar no amigo-secreto e lhe dar o presente mais cafona do mercado. A empresa irá lhe presentear com um panetone minúsculo – e com gosto de pão mofado – como forma de agradecimento por todas as horas de trabalho que não lhe pagaram hora extra.

Finalmente, quando tudo isso passa, chega então a mais famosa de todas as festas da família: a ceia de Natal. Mas a ceia de Natal também é sempre a mesma coisa. Tem sempre aquele parente de longe que você só encontra nessa época do ano, aquela tia antipática que não perde a oportunidade de lhe alfinetar. Casa cheia, cozinha repleta, muito trabalho, muita comida e muito desperdício!

Mas, passado o trauma da ceia de Natal, vem a festa de réveillon. E festa de réveillon é sempre a mesma coisa – você nunca sabe ao certo como se escreve, só sabe que tem muito champanhe para estourar. Malas prontas e todo mundo corre para a praia, se preparando para a tão esperada virada. E logo começam as superstições. Vermelho, paixão. Amarelo, dinheiro. Verde, esperança.

Quando o relógio avisa que chegou o novo ano, é hora de pular as 7 ondas, e fazer os 7 pedidos.
Dedicar-se aos estudos, ser mais agradável com as pessoas no trabalho, levar a sério aquela dieta de toda segunda-feira, não jogar mais papel na rua... E assim se inicia um novo ano, com velhas promessas de uma vida nova.

O ano começa e, com ele, começa a rotina, e os problemas, e as contas a pagar… E a única coisa que nos resta fazer é esperar pelo próximo ano, pedindo do fundo do coração para que ele seja diferente. Porque os anos que estão por vir, são sempre a mesma coisa. Neles apostamos todas as nossas fichas, todas as esperanças de algo melhor. Até que, no final, a gente sempre acaba levando as coisas do jeito que puder, torcendo para que no ano que vem a vida seja mais fácil. E o panetone, mais gostoso.