terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Fim de ano é sempre a mesma coisa!

Toda comemoração de fim de ano começa sutilmente um mês antes da data, subindo o nível de ansiedade das pessoas, à medida que as festas natalinas se aproximam. É um corre-corre danado. Mais parece o presságio do fim do mundo. Atenção, caros leitores, não é; é só o fim do ano que, por sua vez, é sempre a mesma coisa!

Começo falando sobre a decoração de fim de ano. Reparem as milhares de luzes que invadem todas as cidades. Por todo lugar onde você olhe, lá estarão elas: piscando - até te convencerem de que o Natal realmente chegou. Sem contar que, de repente, parece que tudo à nossa volta fica verde e vermelho - os comerciais na TV, as vitrines, os “outdoors”. Até mesmo o saldo bancário resolve entrar na festa: sai do verde e entra no vermelho!

Luzes brilhantes, árvores enfeitadas, promoções de fim de ano por todos os lados. Em cada esquina um velhinho aposentado, usando uma roupa vermelha com uma barriga postiça e distribuindo balinhas. Ah, o Natal. Todo mundo fingi que se sente mais feliz e solidário, sorri por tudo e o espírito do bondoso velhinho de barba branca reina.

A imitação de pinheiro montada onde quer que você vá, te faz lembrar que está chegando a festa de confraternização da empresa que você trabalha. Mas essa festa – pasmem! - também é sempre a mesma coisa. Muito provavelmente aquela secretária chata irá te tirar no amigo-secreto e lhe dar o presente mais cafona do mercado. A empresa irá lhe presentear com um panetone minúsculo – e com gosto de pão mofado – como forma de agradecimento por todas as horas de trabalho que não lhe pagaram hora extra.

Finalmente, quando tudo isso passa, chega então a mais famosa de todas as festas da família: a ceia de Natal. Mas a ceia de Natal também é sempre a mesma coisa. Tem sempre aquele parente de longe que você só encontra nessa época do ano, aquela tia antipática que não perde a oportunidade de lhe alfinetar. Casa cheia, cozinha repleta, muito trabalho, muita comida e muito desperdício!

Mas, passado o trauma da ceia de Natal, vem a festa de réveillon. E festa de réveillon é sempre a mesma coisa – você nunca sabe ao certo como se escreve, só sabe que tem muito champanhe para estourar. Malas prontas e todo mundo corre para a praia, se preparando para a tão esperada virada. E logo começam as superstições. Vermelho, paixão. Amarelo, dinheiro. Verde, esperança.

Quando o relógio avisa que chegou o novo ano, é hora de pular as 7 ondas, e fazer os 7 pedidos.
Dedicar-se aos estudos, ser mais agradável com as pessoas no trabalho, levar a sério aquela dieta de toda segunda-feira, não jogar mais papel na rua... E assim se inicia um novo ano, com velhas promessas de uma vida nova.

O ano começa e, com ele, começa a rotina, e os problemas, e as contas a pagar… E a única coisa que nos resta fazer é esperar pelo próximo ano, pedindo do fundo do coração para que ele seja diferente. Porque os anos que estão por vir, são sempre a mesma coisa. Neles apostamos todas as nossas fichas, todas as esperanças de algo melhor. Até que, no final, a gente sempre acaba levando as coisas do jeito que puder, torcendo para que no ano que vem a vida seja mais fácil. E o panetone, mais gostoso.

5 comentários:

Anônimo disse...

é sempre a msm merda ??
nem é.. faça vc todo ano
sua merda diferente
HGAHAOUIHOAUIhiauhIUAhUIAHuia

esse ano a minha foi bem diferente de todos os outros anos!! ;D

mais sempre espero q o ano q vem seja mto melhor do q oq passou!!
mais ano q vem vou desejar q seja pior
BEM pior.. HAUIOHA UIHAUIHAUIHA
quem sabe as coisas mudem msm

=*

Cássio Gonçalves disse...

Pois eh... As vezes, sobra até um sentimento de hipocrisia dinte da pressão em repetir o mesmo ritual de final de ano. Como se apenas no Natal fosse necessário sentimentos nobres.
Mas há também um lado positivo nesses costumes, rituais, etc., que fazemos em determinadas épocas. Como disse o poeta, é genial separarmos o tempo em partes, pois, assim, temos a chance de sempre recomeçar.

A própósito, sou jornlista recém formado, moro em Rolândia e trabalho em Apucarana. Pode contar que acompanharei seu blog, aliás, ele já está no lado direito da minha página como um dos favoritos.

Um excelente 2009!

Vanuza Borges disse...

Às vezes sinto que precisamos fatiar o tempo para nos reorganizar, despertar o novo em nós. Acredito que qualquer tentativa de sermos melhor é válida, mas às nos engamos e outras deixamos nos enganar como com os festejos de fim de ano.

- Sou estudante de jornalismo na FACNOPAR, quase formada, falta só o TCC.
Abraços!!! Muita energia positiva para 2009.

**** disse...

Enquanto se continua enchergando a mesma coisa é sinal que a visão não piorou. Aí chega a ser bom. Ruim é quando se vê cada vez mais dias sorumbáticos.

Anônimo disse...

Todo mundo reclama, reclama e reclama, mas no dia 25 e 31 estão lá firme e forte esperando um presentinho que seja no minimo agradável, comendo tudo que é feito e sendo cúmplice do desperdício. Esperando o champanhe estourar - e pros mais fanaticos, entornando o caneco na praia e pulando as 7 ondas. No final de tudo você sempre participa e reclamar para os outros não diminui sentimento de chato que as coisas estão e continuaram a ser. No final das contas vá jogar um playstation 3 e no outro dia acorde só reclamando que você não conseguiu matar o chefão zumbi porque a gritaria, rojões e risadas falsa atrás da porta não deixavam.